Cerca de 5% da população mundial apresenta algum tipo de alteração congênita da orelha externa. Essas alterações costumas ser causa de transtornos psicológicos, uma vez que são defeitos estéticos faciais aparentes e muitas vezes tornam seus portadores alvo de críticas, bullying, sobretudo na infância. Na adolescência, quando fase de grandes transformações psíquica, pode haver piora das deformidades e isso agravar dúvidas, medos e chamado complexo de orelha de abano.

A otoplastia é um procedimento cirúrgico indicada para correção das imperfeições na estrutura da orelha, sejam elas congênitas ou traumáticas.  Pode ser realizada a partir dos seis anos de idade uma vez que o desenvolvimento da orelha externa está praticamente completo por essa época.

Não há contraindicações formais ao procedimento, desde que o paciente reúna as condições clínicas ideais. Hipertensos e diabéticos podem se submeter ao procedimento se a doença estiver controlada. As indicações formais a otoplastia são:

• Orelhas de abano – A mais procurada e principal indicação ao procedimento. Tem como objetivo o reposicionamento das orelhas à cabeça principal
• Correção da macrotia – deformidade congênita caracterizada por orelhas excessivamente grandes em relação ao rosto.
• Correção dos lóbulos – A otoplastia é indicada para correção de lacerações no lóbulo assim como crescimento excessivo, que provoca crescimento excessivo para baixo.  
• Retirada de caroços – nódulos benignos, originados de cistos sebáceos e lipomas, podem ser retirados na otoplastia.
• Extração de queloides – a otoplastia pode ser indicada para resseção de cicatrizes hipertróficas, os chamados queloides, na orelha.